quinta-feira, 8 de julho de 2021

O que é dislexia?

 




O que é dislexia?

Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica. A DISLEXIA não é uma doença, é um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere de forma significativa na integração dos símbolos lingüísticos e perceptivos. Acomete mais o sexo masculino que o feminino, numa proporção de 3 para 1."

 

Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio- econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.

 

Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos.


tratamento para a dislexia?

O principal foco do tratamento para dislexia deve ser nos problemas específicos de aprendizado da pessoa afeta. O curso usual do tratamento é modificar os métodos de ensino e ambiente educacional para atender às necessidades específicas da pessoa com dislexia.


Qual é o prognóstico para pessoas com dislexia?

Para aqueles com dislexia o prognóstico é variado. A dislexia afeta uma gama tão ampla de pessoas, produzindo diferentes sintomas e variados níveis de gravidade, que previsões são difíceis de ser feitas. Porém, o prognóstico é geralmente bom para pessoas nas quais a dislexia foi identificada prematuramente, tem família e amigos que dão suporte, e que estão envolvidos em programas apropriados de remediação.

 

Como identificar a dislexia?

 

Haverá sempre:

- dificuldades com a linguagem e escrita; 

- dificuldades em escrever;

- dificuldades com a ortografia; 

- lentidão na aprendizagem da leitura;

 

Haverá muitas vezes:

- disgrafia (letra feia);

- discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;

- dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;

dificuldades para compreender textos escritos;

dificuldades em aprender uma segunda língua.


Haverá às vezes:

dificuldades com a linguagem falada; 

dificuldade com a percepção espacial; 

confusão entre direita e esquerda.


                         DISLÉXICO NA SALA DE AULA

 

Lidando com um aluno disléxico, o professor   deve   ter conhecimento e sensibilidade. Algumas estratégias podem usadas para facilitar o aprendizado do aluno disléxico:

·  uso    frequente   de    material    concreto:    relógio    digital,          calculadora, gravador, material dourado;

· confecção do próprio material para alfabetização, como desenhar, montar uma cartilha;

·  uso    de    gravuras,    fotografias (a    imagem    é    essencial   para    sua aprendizagem);

· folhas quadriculadas para matemática;

· máscara para leitura de texto;

· letras com várias texturas;

· fazer revisões frequentemente;

· evitar ou dar mais tempo para que copie do quadro, pois isso é sempre um problema;

· para ler palavras longas, ensinar a separá-las com uma linha a lápis;

·  não forçar a modificar sua escrita, pois ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no papel. A modulação da caligrafia é um processo longo;

· dar menos dever de casa e avaliar a necessidade e aproveitamento deste;

·  dar um tempo maior para realizar as avaliações escritas.        Uma tarefa em que a criança não disléxica leva 20 minutos para realizar, a disléxica pode levar duas horas;

· sempre que possível , a criança deve ser encorajada a repetir o que lhe foi dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória;

· usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas escritas;

·  uma língua estrangeira é muito difícil para eles; fazer suas avaliações sempre em termos de trabalhos e pesquisas;

·  a criança disléxica deve sentar-se próxima à professora, de modo que a professora possa observá-la e encorajá-la a solicitar ajuda;

·  não esperar que ela use corretamente e autonomamente um dicionário para verificar como é a escrita correta da palavra. A habilidade de uso de dicionário deve ser cuidadosamente ensinada;

·  evitar dar várias regras de escrita numa mesma semana. Por exemplo, os vários sons do "C" ou "G". Dar lista de palavras com uma mesma regra para a criança aprender, sendo uma a cada semana.

A professora deve ter muita sensibilidade para que suas atitudes não diminuam a autoestima do aluno disléxico, tão frágil. Algumas atitudes e comportamentos podem ser feitos para isso:

· evitar dizer que ela é lenta, preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe;

· ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazê-lo;

· suas habilidades devem ser julgadas mais em sua respostas orais do que nas escritas;

· demonstrar paciência, compreensão e amizade durante todo o tempo;

· não riscar de vermelho seus erros ou colocar lembretes tipo: estude!   precisa estudar mais! precisa melhorar!;

· procurar não dar suas notas em voz alta para toda classe, isso a humilha e a faz infeliz;

· não considerar as trocas na escrita como erro por falta de cuidado, tirando pontos de seu trabalho;

· procurar não reforçar sentimentos que minimizam sua autoestima.

 


Artigos Dislexia: http://www.profala.com/artigosdislexia.htm


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